Ucrânia mostra fragmentos de novo míssil russo após bombardeio em Dnipro
24/11/2024
(Foto: Reprodução) Artefato pode ser o míssil identificado pelo presidente Vladimir Putin como Oreshnik, que é de médio alcance e tem capacidade de chegar à velocidade de 2,5 a 3 km por segundo. Ele atingiu o território ucraniano na quinta-feira (21). Repórter filma partes de um novo míssil russo que foram coletadas para exame do local de impacto na cidade de Dnipro, na Ucrânia
Roman Pilipey / AFP
O serviço secreto da Ucrânia (SBU) mostrou, neste domingo (24), os fragmentos de um novo míssil balístico russo, identificado na quinta-feira (21) pelo presidente Vladimir Putin como Oreshnik e que, segundo ele, bombardeou uma fábrica de armamentos em Dnipro.
O Kremlin informou que o exército russo disparou o míssil hipersônico no centro-leste da Ucrânia em resposta aos recentes ataques de Kiev na Rússia com mísseis norte-americanos e britânicos.
O SBU ucraniano mostrou fragmentos metálicos, mais ou menos grandes e alinhados no chão, a um grupo reduzido de jornalistas.
Fragmentos de novo míssil russo coletados pela Ucrânia
Roman Pilipey / AFP
O encontro com o SBU foi realizado em um local mantido em sigilo por razões de segurança.
O serviço secreto não confirmou publicamente se os fragmentos pertencem ao Oreshnik, mas asseguraram que as forças ucranianas ainda não haviam identificado um projétil deste tipo desde o início da invasão russa à Ucrânia, em fevereiro de 2022.
"É a primeira vez que são encontrados restos de um míssil deste tipo em território ucraniano", declarou um agente do SBU identificado como Oleg.
Míssil russo atingiu cidade de Dnipro, na Ucrânia
Roman Pilipey / AFP
"Este objeto não havia sido documentado antes pelos investigadores de segurança", acrescentou, explicando que se tratava de um míssil balístico que corresponde ao Oreshnik.
Segundo Putin, o míssil Oreshnik é de médio alcance e pode chegar à velocidade Mach 10, ou seja, 2,5 a 3 km por segundo (cerca de 12.350 km/h).
O líder russo ordenou na sexta-feira o início da produção em série do míssil e assegurou que a Rússia tinha uma reserva destes mísseis, que estariam prontos para uso.
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