Saiba quem é vítima de feminicídio encontrada ao lado de carro incendiado
25/11/2024
Bertha Victoria Kalva Soares, de 27 anos, foi encontrada morta da noite de sexta-feira (22). Principal suspeito é Edilson de Sousa Nascimento; ele está preso. Bertha Victoria Kalva Soares foi vítima de feminicídio no DF
Reprodução
O corpo de Bertha Victoria Kalva Soares foi encontrado ao lado de um carro incendiado na noite de sexta-feira (22), em Ceilândia, no Distrito Federal. O suspeito do crime, Edilson de Sousa Nascimento, de 35 anos, foi preso na manhã do dia seguinte (veja detalhes abaixo).
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Nas redes sociais, a jovem de 27 anos dividia a rotina de exercícios, receitas de comidas e fotos de animais de estimação. Bertha era assistente social no Conselho Regional de Serviço Social (CRESS) do Distrito Federal. Em nota, eles lamentaram a morte da colega.
"Lamentamos profundamente essa perda irreparável e reiteramos nossa indignação e repúdio diante dos casos de violência contra as mulheres, que têm sido recorrentes no DF", afirma o conselho.
O velório de Bertha está marcado para esta segunda-feira (25), no Cemitério de Taguatinga.
Crime
Vídeo mostra como ficou carro incendiado.
A primeira informação do Corpo de Bombeiros era de que por volta das 23h de sexta-feira (22), a corporação foi acionada para apagar o incêndio em um carro às margens da DF 180. Ainda segundo os bombeiros, a proprietária do veículo estava no local e acompanhou o trabalho dos militares.
Em seguida, a corporação foi acionada novamente. Dessa vez, testemunhas encontraram um corpo próximo ao veículo que pegou fogo mais cedo. Ao atenderem a ocorrência, a equipe constatou que a vítima já não tinha mais sinais vitais.
No entanto, a Polícia Civil aponta que o carro era da vítima e que o autor do feminicídio ateou fogo no veículo após cometer o crime. De acordo com a Polícia Civil, trocas de mensagens e depoimento de testemunhas indicam que o suspeito e a vítima se conheciam há 3 dias.
Após simular uma amizade, Edilson de Sousa Nasciment saiu com a vítima no carro dela e praticou o crime de feminicídio. Após matar Bertha Victoria Kalva Soares, o suspeito ateou fogo no veículo, próximo ao local onde o corpo foi encontrado.
"Consta no banco de dados da PCDF que o autor possui antecedente criminal anterior por homicídio e estupro", diz a polícia.
Feminicídios no DF
O Distrito Federal já registrou 21 casos de feminicídio em 2024:
10/01: Tainara Kellen, no Gama;
15/01: Diana Faria, em Ceilândia;
17/01: Antônia Maria da Silva Carvalho, no Recanto das Emas;
25/01: Milena Rodrigues, em Santa Maria; caso, inicialmente, foi registrado como homicídio;
05/02: Erica Maria de Jesus, no Paranoá;
13/05: Simone Santos Ribeiro, no Itapoã;
25/05: Daniella Di Lorena Pelaes, no Jardim Botânico;
31/05: Zely Alves Curvos, de 94 anos, em Águas Claras;
15/06: Jania Delfina de Assis, na Estrutural;
17/07: Fernanda dos Santos Pereira, em São Sebastião;
06/08: Rosemeire Campos, no Gama;
12/08: mulher de identidade ainda não confirmada morre carbonizada na Estrutural; caso, inicialmente, foi registrado como homicídio;
20/08: Juliana Barboza Soares, no Gama;
25/08: Daíra dos Santos Rodrigues, no Itapoã;
28/08: Thaynara Iorrana da Silva Matheus, em Ceilândia;
30/09: Paloma Jenifer Santos Ferreira, em Vicente Pires;
20/10: Fabiane Araújo, em Taguatinga;
27/10: Jucelia dos Santos da Silva, no Sol Nascente;
11/11: Denise Rodrigues de Oliveira, em Vicente Pires;
14/11: Maria Maianara, em Samambaia;
22/11: Bertha Victoria Kalva Soares, em Ceilândia.
Onde buscar ajuda
A Secretaria de Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP) tem canais de atendimento que funcionam 24h. As denúncias e registros de ocorrências podem ser feitos pelos seguintes meios:
Telefone 197
Telefone 190
E-mail: denuncia197@pcdf.df.gov.br
Delegacia eletrônica
Whatsapp: (61) 98626-1197
O DF tem duas delegacias especializadas no atendimento à mulher (Deam), na Asa Sul e em Ceilândia, mas os casos podem ser denunciados em qualquer delegacia.
O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) também recebe denúncias e acompanha os inquéritos policiais, auxiliando no pedido de medida protetiva na Justiça.
Em casos de flagrante, qualquer pessoa pode pedir o socorro da polícia, seja testemunha ou vítima.
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