MP Eleitoral quer ampliar coleta de dados sobre gênero e orientação sexual de candidatos e eleitores

  • 26/04/2024
Para vice-PGE, são necessários dados concretos para a real compreensão da sub-representação, sub-financiamento e violência política contra grupos LGBTQIA+. O Ministério Público Eleitoral defendeu que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) amplie a coleta de dados sobre candidatos e eleitores LGBTQIA+. O vice-procurador-geral Eleitoral, Alexandre Espinosa, pediu que o TSE altere duas regras que tratam de dados de identidade de gênero e orientação sexual nos cadastros de eleitores e registros de candidaturas. A proposta inclui a alteração do campo "gênero" para "sexo", incluindo no questionário a opção "intersexo" como resposta. Tanto candidatos quanto eleitores poderão, ainda, escolher divulgar ou não a informação. A manifestação de Espinosa é uma resposta a consulta feita ao TSE pelas deputadas federais Daiana Santos (PCdoB-RS), Duda Salabert (PDT-MG), Erika Hilton (PSOL-SP) e pelo senador Fabiano Contarato (PT-ES). Os parlamentares questionaram a legalidade desse tipo de coleta e a possibilidade de omitir essas informações, quando a pessoa não der consentimento para a divulgação. A cara da sociedade: Eleições têm como desafio levar diversidade ao Congresso Esses dados podem ser utilizados para auxiliar na criação de políticas para permitir ampliar a representatividade LGBT+ na política e ainda no financiamento de partidos políticos nestas candidaturas. No parecer, Espinosa explica que a mudança de gênero para sexo tem o objetivo de evitar confusão entre os conceitos e constrangimentos a pessoas que possuam “gênero” e “identidade de gênero” diversos entre si. Segundo o vice-procurador-geral Eleitoral, o levantamento de dados mais precisos pela Justiça Eleitoral pode ajudar a construir um diagnóstico sobre a população LGBTQIA+, capaz de subsidiar a definição de políticas voltadas a esse público. "Como se vê, as estatísticas referidas não deixam dúvidas quanto à severa precariedade existencial e enfatizam a necessidade da adoção de políticas públicas para alterar essa triste realidade, havendo a necessidade de dados oficiais para permitir a realização de diagnósticos mais precisos e para retirar o histórico silenciamento promovido com relação às pessoas LGBTQIA+, que têm sido historicamente vítimas de discriminação estrutural, estigmatização e diversas formas de violência e violações a seus direitos fundamentais", diz. IBGE diz que não é possível incluir questões sobre orientação sexual no Censo 2022 "Nesse diapasão, políticas efetivas de inclusão e proteção da população LGBTQIA+ requerem dados concretos para a real compreensão da sub-representação, sub-financiamento e violência política contra o referido grupo", prossegue o vice-PGE. Para o procurador, a garantia do direito ao uso do nome social no cadastro eleitoral é um avanço, mas não resolve a falta de dados oficiais nas eleições. "A autodeclaração da identidade de gênero das candidaturas e no alistamento eleitoral não pode ser presumida pelo uso de nome social", diz.

FONTE: https://g1.globo.com/politica/noticia/2024/04/26/mp-eleitoral-quer-ampliar-coleta-de-dados-sobre-genero-e-orientacao-sexual-de-candidatos-e-eleitores.ghtml


#Compartilhe

Aplicativos


Locutor no Ar

Peça Sua Música

No momento todos os nossos apresentadores estão offline, tente novamente mais tarde, obrigado!

Anunciantes